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14 agosto 2022

O castelo de Penacova: um poema de Alfredo da Cunha


A existência de um Castelo em Penacova é comprovada por diversos documentos que a ele (ou às suas ruínas) se referem (veja-se por exemplo o site do município)*.

A juntar aos testemunhos referidos, publicamos um poema, algo desconhecido para os penacovenses, escrito por Alfredo da Cunha **, uma das personalidades da elite lisboeta - director do "Diário de Notícias" - que esteve na inauguração do Mirante em 1908.

O poema não refere expressamente o local deste castelo. No entanto, no livro "Versos II" (1912) o mesmo aparece incluído num capítulo intitulado "No Bussaco" e a seguir a um outro poema com o título "Penacova". Olhando em redor que outro castelo poderia ser? Cremos ser de concluir que seria o de Penacova, à época em ruínas.

Castelo antigo

Caveira desdentada! O eterno e grande verme,
O roedor voraz, o tempo foi gastando
Os músculos d'atleta ao mastodonte inerme,
E nada agora és mais que um monstro venerando.

Vestem-se o musgo e a hera a rugosa epiderme;
Teu coração feroz tornou-se frouxo e brando;
E a tua boca inerte, ó magro paquiderme,
Nem já pode morder, nem já se ouve ululando.

E eu gostei mais de ver-te inanimado e mudo, 
Como um leão empalhado em um museu de estudo,
perdido já do olhar o brilho coruscante,

Que em ímpetos brutais de fúria carniceira,
Exercitando ainda a profissão guerreira,
no quixotesco ardor de cavaleiro andante.

Alfredo da Cunha, in Versos II
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Apesar de ser clara, para todos, a existência de um Castelo, em Penacova, bem como a sua localização no Monte da Senhora da Guia, não se conhecem fontes que precisem a data da sua fundação e até mesmo do seu abandono, sabemos com toda a certeza que existem referências ao Castelo de Penacova, no séc. X. Manuel Luís Real, na Revista da Faculdade de Letras, Ciências e Técnicas do Património, publicada em 2013, elabora um artigo que nos permite esclarecer algumas dúvidas e fazer até descobertas…
No artigo em que questiona o facto de o Castro de Baiões ter servido de Atalaia ou Castelo na Alta Idade Média, e qual a sua relação com o refúgio de Bermudo de Ordonhes na Terra dos Lafões, refere a propósito do sistema defensivo dos descendentes de Diogo Fernandes e Onega (senhores de Lafões-Viseu), a documentação por si estudada lhe permite demonstrar que havia uma preocupação por parte destes em alargar a sua área de influência com prioridade a duas regiões: Entre Côa e Távora, a norte de Trancoso; e o médio vale do Mondego, a montante da barreira natural existente na zona de Penacova.
A um dos genros de Diogo Fernandes, Alvito Lucides, que veio a casar com Múnia, terá sido confiada a responsabilidade pelo acidentado território da bacia de Mondego, a qual defendia este grupo de uma qualquer ameaça que pudesse surgir desde Coimbra. Este facto é constatado pelo autor com base no conjunto de bens que a família possuiu nos concelhos de Oliveira do Hospital, Tábua e Penacova.
Salienta Manuel Real que é preciso não esquecer que no início do séc. X, a cidade de Coimbra era ainda um baluarte da linhagem de confiança de Afonso III, a do mordomo Hermenegildo Guterres (família rival da dos senhores de Lafões, donatária do território de Lafões - Viseu).
Antes de chegar a Coimbra, o rio Mondego à época, tal como hoje, atravessava uma barreira natural poderosíssima, constituída:

1. pela serra do Bussaco: com uma atalaia (torre de observação/ponto de vigia) na Portela de Oliveira;
2. pela serra da Atalhada, cuja designação derivará provavelmente da designação atalaia que, naquele local, se localizaria sobre a chamada via Colimbriana, que ligava Cidade Rodrigo a Coimbra, passando por Castelo Bom, Linhares, Gouveia, Seia, Santa Ovaia, Coja, Arganil e Penacova e que corresponde à denominada “Estrada da Beira”;
3. além de outras elevações secundárias, as quais terão sido aproveitadas para estabelecer uma linha de defesa estratégica, da qual o castelo de Penacova seria o baluarte.
No entender de Manuel Real, o Castelo de Penacova terá à época (séc. X) sido igualmente denominado por “Torre de Miranda” (designação que não possui, segundo o autor, qualquer ligação a Miranda do Corvo), e a sua área de influência aparece mesmo referida, num documento local citado pelo autor, como “terra de miranda”. É por essa razão que, em 936, Ximeno Dias, filho varão de Diogo Fernandes e Onega assume aqui funções de juiz, numa disputa sobre os limites territoriais entre Vila Cova (hoje Penacova) e Alquinitia (hoje Vila Nova de Poiares). Este facto terá, muito provavelmente, ocorrido antes do seu casamento com Ausenda Guterres, uma dama de estirpe “coimbrã”, que se terá constituído, segundo Manuel Leal, como uma tentativa de unir as famílias rivais.

Este autor salienta igualmente, numa primeira fase, a maior ligação do clã “lafonense” ao Mosteiro de Lorvão, facto corroborado pelo refúgio temporário dos monges lorvanenses na referida Torre de Miranda (Castelo de Penacova), após um incêndio que danificou o edifício monástico, algo que ele infere de um documento de 998. Conclui que a implantação do Mosteiro de Lorvão, afundado nas enrugadas serranias de Penacova e ao abrigo do seu castelo, representa uma ligação de proximidade semelhante à que os monges de Guimarães tinham com o castelo vimaranense, no alpe latito, cuja origem está na mesma família.
Ao longo do tempo, o Castelo vai sendo referido ou descrito noutros documentos:
Em dezembro de 1192, Penacova veria ser-lhe concedido por D. Sancho I, o seu primeiro Foral, inserido numa política de valorização do território caraterística do reinado daquele monarca. Nesta Carta de Foral ordena que “Cavaleiros e peões façam cubas e casas no Castelo de Penacova, ao senhor da terra. E quando fizerem cubas ou casas o senhor da terra dará de comer a todos os que aí trabalharem e igualmente pagará o salário do mestre (de obras)”.

19 abril 2022

Lançamento do livro "Penacova (In)temporal" no Dia da Liberdade



O dia 25 de Abril, Dia da Liberdade, foi a data escolhida para o lançamento da obra, editada pelo Município, Penacova (In)temporal

Trata-se de um livro de poemas de Luís Pais Amante que contou com a colaboração de David Almeida e de Óscar Trindade. A apresentação, que terá lugar no Auditório do Centro Cultural de Penacova, pelas 15 horas, caberá a José Fernando Tavares, autor do prefácio.

A sessão será presidida por Álvaro Coimbra, presidente da Câmara Municipal de Penacova. O evento contará com a declamação de alguns poemas, por Humberto Matias, e também com a actuação dos grupos penacovenses Coral Divo Canto e Coro Vox et Communio e de alunos da Escola de Artes.

“Penacova (In)temporal” integra sessenta e sete poemas de Luís Pais Amante, complementados, na sua grande maioria, por fotografias digitalmente editadas, de Óscar Trindade, e por textos de enquadramento histórico e social, relacionados com os temas abordados.

O livro está dividido em três partes. A primeira parte trata essencialmente de lugares icónicos da vila e do concelho, sendo o segundo capítulo mais voltado para as instituições, as pessoas e as tradições penacovenses. Por último, alguns poemas de carácter mais pessoal, mas registando sempre a relação umbilical à terra natal do Autor, às suas pessoas e aos seus lugares, à sua Penacova inserida no Tempo, mas que, ultrapassando os limites temporais, se projecta num tempo "sem tempo" no plano do rememorar e do sentir.


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https://www.acomarcadearganil.pt/penacova-penacova-in-temporal-livro-cuja-receita-reverte-a-favor-dos-bombeiros/


14 março 2021

Lenda de Penacova



Foi um dia o Mondego

Todo jovem, todo ledo

A Coimbra a estudar.

Levou os livros no intento

De passar bem o seu tempo

Se tivesse de parar.



Longa via já andada

Toda a roupa ensopada

No suor do corpo seu

Ali, na falda da serra

Deitou os livros em terra

E à fadiga se rendeu.



Lá do Céu meigo luar

Já cuidava em pratear

As negras cristas dos montes,

E o Mondego já tremia

Do medo que então sentia

Do rumor surdo, das fontes.



Temeroso ajoelhou

E de mãos postas rezou

Ao Senhor de quanto havia,

Que do Céu prestes mandasse

Um Anjo que lhe falasse

E fizesse companhia.



E o Senhor atento ouvia

E depois pena sentia

Do seu amargo penar…

Seu pedido despachou

E um anjo, prestes mandou

Num raio do seu lar.



E nessa noite distante

Jovem Mondego estudante

Dormindo naquela cova

Dos livros fez livraria

Da pena fez alegria

Da Cova fez Penacova



E o anjo da caridade,

Todo amor, todo bondade,

todo puro e sem labéu

Em sua visão infinda

Achou a terra tão linda

Que não mais voltou ao Céu



E quando um beijo de amor

Quis dar ao seu protector

No momento de partir

O anjo tornou-se astro

E sobe ao monte do Castro

E a meio pôs-se a sorrir



Não posso subir ao Monte

Para pôr na tua fronte

O meu beijo apaixonado?!

Ficarei aqui, ao fundo

Enquanto o mundo for mundo

Dizendo muito obrigado!



E a promessa do Mondego

Todo jovem todo ledo

Foi promessa de valor.

Sabe a gente velha e nova

Que o rio de Penacova

Nunca mais se fez Doutor!



P.e Agostinho

In Notícias de Penacova ,1950



10 janeiro 2021

Poetas penacovenses (VIII): A tentar descodificar este tempo, em sofrimento: um poema de Luís Amante

O meu “circuito”


Pela manhã, da minha janela, por baixo dela

O meu circuito parecia que encolheu

... ou que, dando guarda à liberdade, se encheu!

Hoje é Domingo, segundo do novo ano

Que se segue a um outro, espartano

As pessoas encolhidas de geada branda

Sem benesses ou compadrio

Vieram respirar ar puro

Vieram a fugir do confinamento

Vieram ganhar coragem para o sofrimento

Que se avizinha ...

Desci pra me juntar à multidão

Pra sentir de perto o bater do coração

Sapatilhas calçadas

Ceroulas apertadas

E calças de fato de treino por cima

Com anorac de neve

De frente no caminho solto

Uma família de máscaras: uma azul clara; outra verde; outra preta

Atrás com distância de segurança

Outra família sem máscara

Rapaz atleta; rapariga de olhar suave ... os filhos de bicicleta

A seguir um grupo grande a correr sem gemer

De gente madura transportando frescura

Quatro voltas alargadas no espaço do meu tempo

Outras quatro circunscritas à volta do Estádio Universitário

E, sempre, o mesmo pensamento:

- quem será que está livre do vírus danado?

- como é que, afinal, ele se tem propagado, assim, tão descontrolado?

Daqui a cinco dias terminam os meus sessenta e seis

Gostava que a passagem fosse no ambiente do “ar puro” da minha terra

Encostadinho ao cheirinho da nossa serra

A olhar pro Rio, envergonhado com frio

Mas não vai dar

Não posso passar

Os meus conterrâneos estão lá a sofrer

... e no meu novo “circuito”, só dá pra temer!

 

Luís Pais Amante

Telheiras Residence,10Jan21; 14h00

A tentar descodificar este tempo, em sofrimento.

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Obrigado Dr. Luís. Muita saúde! Abraço

22 janeiro 2020

Poetas penacovenses (V): Penacova no olhar [poético] de Luís Pais Amante

Pintura de Sofia Alves (2019)
Pequeno olhar

Olho-te daqui debaixo
Das praias do Mondego que realço
Das ínsuas descarnadas por percalço
Da Barca Serrana arrastada rio abaixo

E vejo a tua beleza, Penacova
Qual presépio de aconchego que se renova
Qual raio de luz abstracta na doçura da paisagem
Com porte imponente de belo na retina da imagem

Revejo a história
Tropeço nas memórias do meu Povo
E sinto-me bem agarrado a ele de novo

Num segundo olhar fiel
Arrancado ao meu cérebro derretido como o mel
Retenho um ponto mais saliente na estrutura do papel
E fico sem ar ao dar comigo recordando o meu pião a dar voltas no cordel

Não é a cor do céu bonito que me entende
Não é o bloco do casario altivo, radioso, que me compreende
É a trajectória do tempo que me remoça a vida colocada num alpendre
Projectada pelo renascer da cor da Casa Azul que já lá está fixada e me surpreende

Luís Pais Amante
22Jan20; 12h30

Emocionado ao ver a nossa Casa Azul restaurada, já com a sua cor primitiva.


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NR: Obrigado Dr. Luís. É uma honra publicar em primeira mão este poema dedicado a Penacova.

16 junho 2019

“Penacova-a-Linda” na poesia e na música

Não se sabe ao certo quem pela primeira vez usou a  expressão  “Penacova-a-Linda”. No entanto, encontrámos no jornal Notícias de Penacova uma alusão a António Casimiro Guedes Pessoa (1879-1935) como sendo o seu autor. No mesmo periódico, em 1932, aparece um artigo assinado por Dora (Aurora Rodrigues) intitulado “Penacova-a-Linda”, provavelmente já uma  influência daquele penacovense.

Em 1947 Manuel de Oliveira Cabral,grande divulgador de Penacova e das suas belezas naturais, escreveu o poema “Penacova-a-Linda”. Este escritor e pedagogo, acompanhado da esposa, Estefânia Cabreira, conhecera Penacova, em 1933, na qualidade de arista, e não mais esqueceu esta terra.

Poesia de 1947, in Notícias de Penacova (1968)
A poesia de Oliveira Cabral foi musicada por Estefânia Cabreira. A composição foi executada pela Orquestra da Emissora Nacional (secção do Norte) sob a regência do maestro Resende Dias e cantada por Júlio Guimarães (uma das vozes da locução mais conhecida no Porto durante décadas e afamado cantor de tangos), tendo sido gravada em disco e em fita magnética. A pedido de Oliveira Cabral terão sido feitas expressamente duas cópias para serem oferecidas a António Feliciano de Sousa (que seria solicitador no Porto e terá construído o “Moinho do Aviador”) e António Rodrigues Amaral.

Também no jornal “Comércio do Porto”, sob o título “Belezas de Portugal” foi publicado aquele poema sobre Penacova.

Partitura da composição gravada em disco nos anos quarenta
Uma outra composição (letra e música) dos mesmos autores intitulada “A Voz do Mondego” foi publicada no Notícias de Penacova em 1947. Temos também o “Hino de Penacova”, cuja autoria é atribuída a Álvaro Alberto dos Santos. Consta que, igualmente, o Dr. Manuel Ferreira Sales Guedes terá escrito um poema sobre Penacova, “musicando-lhe uma Marcha”. Refira-se ainda a obra “Penacova”, da autoria de Joaquim Fernandes Fão, maestro da GNR e autor de inúmeras obras para Bandas Filarmónicas. Este trabalho, uma fantasia (termo que designa uma peça de carácter livre),  foi estreado em 1934, em Lisboa, num concerto da Orquestra de Saxofones e Banda da AIRFA (Banda Filarmónica da Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense).

Antes de terminar, não podíamos deixar de referir canções como "As Nevadas" e "Penacova Minha Terra"  do Mestre Alípio Borges, ainda recentemente recordadas pela Casa do Povo de Penacova.

Penacova tem vindo ao longo dos anos a inspirar muitos poetas e músicos. Uma recolha que seria interessante fazer. Desde já agradecemos todos os contributos nesse sentido.

(penacovaonline2@gmail.com)

10 julho 2017

Poetas penacovenses (II): Reconquinho...



Entrelaçado na/ envolvência de ti / Rio / Eu fico aqui em cima a /

Olhar parado / Quase paralisado /  Como se tivesse  muito /Frio /

O teu espelho continua / Reflector /

O arvoredo circundante / Nas tuas margens /

Está agora a iniciar / Um longo processo de dor / Diletante / 

A curva da estrada do /Reconquinho / Está mais cavada, mais / Curvada, /

 Embora / Reconfortante /

A Praia fluvial com /Cobertura de geada /

Canta connosco e tira / Suores ao povo /

Que se renova e ali vai /Ficando mais novo /

As formas bizarras das / Canoas /

Trazem colorido sofrido /

E a velha Barca Serrana /Alberga o pescador que /

Ali pesca boga à cana /

Tudo harmoniosamente / Colocado / Tudo estoicamente conservado

/ Tudo belo / Para não dizer / Encantado!


Luís Pais Amante
Casa Paraíso, Penacova, 3 Dez 16, 9h30
Olhando para o RioMondego


27 novembro 2016

Reflexo(s): título do novo livro de poesia de Luís Pais Amante

Depois de ter lançado em Março passado o livro de poesia “Conexões", Luís Pais Amante vai apresentar, já no dia 9 de Dezembro, um segundo livro de poemas, desta vez intitulado “Reflexo(s)”.
Apesar de radicado em Lisboa, Luís Amante cultiva laços viscerais com esta terra que o “viu nascer”, que o embalou nos anos da sua meninice e que o recebe também com alguma frequência. Esta ligação forte a Penacova é uma constante na sua obra poética. Podemos desde já afirmá-lo quanto ao novo livro, pois o Penacova Online tem a honra de apresentar, em primeira mão, um dos poemas que dele vão fazer parte: “O que Penacova tem”. Desde já, em nome pessoal e em nome dos leitores deste blogue, o nosso reconhecido obrigado.
Um texto que nos remete para as potencialidades que esta terra tem mas que, (in)compreensivelmente, ainda não soube ou não foi capaz de fazer valer. Estamos também  a recordar-nos da intervenção que teve no colóquio “Mondego Vivo” em 21 de Janeiro de 2012. O Penacova Online esteve lá e fez o registo. Nesse evento, o Dr. Luís Pais Amante apresentou o tema "Penacova - Quem somos e o que pretendemos". Referiu algumas das potencialidades e debilidades do concelho e indicou algumas coordenadas para o futuro de Penacova. Tópicos que designou por “Vectores” e “Âncoras” de “Desenvolvimento”.

Poema "O que Penacova tem" in Reflexo(s), livro a ser lançado no dia 9 de Dezembro

Como dizíamos, Penacova está presente na sua escrita, na sua poesia, mas também naqueles e noutros espaços de intervenção.
“Participar, tanto quanto possível, nas questões da minha terra, constitui‑se para mim como imperativo de consciência” - escreveu, por ocasião do lançamento de “Conexões.

Reflexo(s), o seu novo livro, vai ser apresentado pela Prof.ª Doutora Luísa Branco Vicente, no dia 9 de Dezembro de 2016 às 18 horas, na Associação 25 de Abril, em Lisboa.