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17 julho 2021

A actualidade de António José de Almeida em dia de Feriado Municipal


"Pelas nove horas da noite" do dia 17 de Julho de 1866 nascia em Vale da Vinha aquele que viria a ser uma das figuras mais importantes da cena política portuguesa da primeira metade do século XX. O Município de Penacova elegeu-o como figura primeira do concelho, adoptando como dia de Feriado Municipal precisamente a data do seu nascimento. Praticamente silenciado, em Penacova e no País, durante o período do Estado Novo, é de novo enaltecido com a alvorada do 25 de Abril de 1974. Foi assim que em 5 de Outubro daquele ano foi alvo de uma significativa homenagem na sede do concelho.

Na altura, o jornal Notícias de Penacova noticiou a cerimónia e publicou uma crónica de Urbano Duarte, padre, professor e jornalista, salientando a actualidade deste penacovense ilustre e dos valores que defendeu. Por se tratar de um texto um pouco diferente daqueles que habitualmente são citados, consideramos que se justifica a sua transcrição integral:

ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA SOB SILÊNCIO DE CEMITÉRIO


«Penacova sentiu-se agora com força bastante para celebrar o seu filho mais ilustre António José de Almeida.

Do seu nascimento em vale da Vinha, já lá vai o centenário e sobre a morte (1929) já pesam quatro décadas… Como se ele fosse um vulgar qualquer, metido sem voz nos poucos palmos da campa!

Se, neste cinco de Outubro, o povo de Penacova glorificar o seu nome galhardamente, a peito cheio, é porque algum feitiço terrificante e silenciador, de verdade acabou.

E em que consistia o maldito feitiço?

No facto de ele ter sido a voz mais belamente profética e romântica que trouxe ao País a República.

Infelizmente, por ignorância, por instalação e subserviência, durante excessivas dezenas de anos, deixaram-se crescer sucessivas gerações, adestradas em descrer e malsinar o ideal republicano que andou a luzir em todo o ser de António José de Almeida. Como se o ideal republicano de então consubstanciasse as desgraças da Pátria e da alma cristã do povo.

Os republicanos, ainda até há pouco tempo, passavam por gente suspeita, sem merecer confiança ao estado e a alguns católicos, porque sonhavam com a mudança do regime político totalitário, porque se arvoravam em defensores da liberdade de pensamento e de religião, porque defendiam a separação entre a Igreja e o Estado, porque exigiam maior justiça social. Aspirações estas que nenhum cristão devia deixar que lhe amortecessem no espírito já que são maravilhosa semente evangélica. E aí estão os documentos do último Concílio a colocar estas verdades como fundamentais ao cristianismo.

Bem sei que todas as lutas, mesmo as de maior pureza, trazem consigo o risco de algumas feridas. Não admira, por isso, que no meio da refrega política travada nos primeiros anos que precederam ou seguiram a instauração do regime republicano, se tenham aberto por algumas imprudências de parte a parte, chagas dolorosas, que o bom senso evitaria.

Mas até neste aspecto, António José de Almeida soube estar atento não só à alma popular como aos ditames do próprio coração: dos três partidos republicanos o seu era o mais moderado!

Que Penacova festeje então o maior dos seus filhos; a suavidade da terra  ficou-lhe no temperamento e no verbo arrebatado.

Político, médico, fundador de jornais, a sua obra continua viva e irreversível. Desde estudante a Presidente da República, foi homem de ideal, capaz de discordar, de atacar, de sofrer processos e prisões, sempre por um Portugal diferente e digno. Sem perder contacto com a aldeia e os vizinhos dedicou-se ao futuro de todos os nascidos na Pátria que estremecia. Com tal doação que morreu pobre!

Após tantos anos, António José de Almeida talvez pareça a alguns como ultrapassado: hoje há menos reptos líricos e outras palavras a traduzir novos ideais. O que, porém, não está ultrapassada é a sua estrutural e sinceríssima aspiração por um novo mundo onde reine a liberdade e a igualdade. O que não está ultrapassado é o exemplo  de ser um político que nunca pôs de lado o coração."

..................................

Urbano Duarte, “António José de Almeida sob silêncio de cemitério”, artigo  publicado no Notícias de Penacova de 5 de Outubro de 1974.

Urbano Duarte, padre, professor e jornalista (1917-1980) Urbano Duarte foi uma das figuras mais marcantes de Coimbra na segunda metade do século XX.

 

 

 


17 julho 2019

António José de Almeida “o maior estadista da Beira-Serra”

Registo de Baptismo de António José de Almeida


“Pelas nove horas da noite”- refere o registo de baptismo – do dia 17 do mês de Julho de 1866, no lugar de Vale da Vinha, freguesia de S. Pedro de Alva, nasceu António José de Almeida.  Frequentou o ensino primário na sede da freguesia – Farinha Podre - tendo como professor, João Gama Correia da Cunha, que o acompanhará ao longo da sua vida de estudante em Coimbra. Quando em 1890, António José de Almeida se encontrava preso por crime de abuso de liberdade de imprensa, na sequência do artigo “Bragança, o Último”, publicado na folha académica Ultimatum, João Gama escreveu no jornal conimbricense “A Oficina” uma carta em apoio do seu antigo pupilo onde dizia que havia muito a esperar da “ilustração e boa vontade” daquele “rapaz” pois ''homens como ele” não apareciam todos os dias.

Possivelmente, as primeiras influências republicanas dever-se-ão àquele professor das primeiras letras, que era republicano convicto, bem como a outras personalidades daquela freguesia. Não de seu pai, pois, José António de Almeida só aderiu ao Partido Republicano no dia em que o filho entrou na cadeia e quando já era presidente da Câmara de Penacova.

A par da militância republicana em Coimbra, António José de Almeida concluiu o curso de Medicina em 1895. Partiu para S. Tomé no ano seguinte, onde exerceu a profissão de médico.  Regressou a Lisboa em 1903 e ainda nesse ano iniciou  uma viagem de estudo que se estendeu até Março de 1904, passando por França, Itália, Suíça e Holanda.

Em 1906 integrou o Directório do Partido Republicano Português. Neste ano, foram  eleitos os primeiros deputados republicanos: António José de Almeida, Afonso Costa, Alexandre Braga e João de Menezes. Em 28 de Janeiro de 1908, na sequência de uma tentativa de golpe de Estado, foi preso, Em Abril desse ano o Partido Republicano conseguiu eleger sete membros para a Câmara dos Deputados, entre eles António José de Almeida. Em Abril do não seguinte , no congresso daquele partido e por indicação da Carbonária assumiu  a direcção civil do Comité Revolucionário.

António José de Almeida continuou a marcar presença em muitos dos comícios que se foram realizando por todo o país. Viseu no dia 8 de Março de 1908 e Tábua no ano seguinte. Também no dia 1 de Agosto de 1909 que a S. Pedro de Alva acorreram milhares de pessoas: 3000, segundo o Jornal de Penacova, 4000 de acordo com notícia de O Poiarense. Foi a primeira (e única vez)  que António José de Almeida discursou . No discurso que proferiu, fez questão de esclarecer que “veio falar à sua terra porque cá o chamaram.” Acentuou que não vinha “pedir nem votos, nem influências, nem importância” pois “nada precisava da República, como nada aceitava da Monarquia.” Vinha sim “junto dos homens da sua terra, para os ajudar a redimir e salvar”, apresentando-se como “um combatente que vem oferecer o seu braço, o seu cérebro e o seu esforço.” No mesmo dia foi inaugurado o Centro Republicano de S. Pedro de Alva. António José de Almeida, a dois meses do 5 de Outubro, reafirmou que era  preciso acabar com a ideia de que o Partido Republicano não tinha força, e que se impunha uma reação  ''não só pelas palavras mas também pelas armas.''


Proclamada a República, António José de Almeida integrou o Governo Provisório, assumindo a Pasta de Ministro do Interior, cargo que desempenhará até ao dia 3 de Setembro de 1911. Ainda neste ano, verifica-se a cisão do Partido Republicano. Democráticos (liderados por Afonso Costa), Evolucionistas (liderados por António José de Almeida) e Unionistas (liderados por Brito Camacho) irão, até 1919, ocupar o espectro político republicano.

Com a criação do Partido Evolucionista em 1913 a região das Beiras, que já não era indiferente a António José de Almeida, aderiu significativamente, em especial os concelhos pertencentes ao Círculo Eleitoral de Arganil (Arganil, Góis, Miranda do Corvo, Lousã, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Poiares e Tábua).

A carreira política de António José de Almeida registará um novo capítulo em 1916. No contexto da I Guerra Mundial, assumirá as funções de Presidente do Ministério (Primeiro Ministro) (15 de Março de 1916)  e de Ministro das Colónias no Governo da “União Sagrada”, formado por Evolucionistas e por Democráticos.

Em 1919, foi eleito Presidente da República. Apesar de ter enfrentado um dos períodos “mais trágicos da República”, foi o único a cumprir, entre 1910 e 1926, integralmente os quatro anos de mandato presidencial. No período que vai de 5 de Outubro de 1919 a 5 de Outubro de 1923, António José de Almeida, além de muitos outros contratempos, terá que “lidar” com dezassete Governos e terá que enfrentar os trágicos acontecimentos da “noite sangrenta” de Outubro de 1921. No entanto, o sucesso da travessia aérea Lisboa-Rio de Janeiro e, pouco depois, o momento “glorioso” e “triunfal” da sua Visita Presidencial ao Brasil, nos finais do Verão de 1922, serão acontecimentos positivos que marcarão o seu mandato.

É todo este seu percurso que leva João Alves das Neves, eminente jornalista arganilense, a considerar António José de Almeida como “o maior estadista da Beira-Serra”.


Vitimado pela doença, morreu em Lisboa no dia 31 de Outubro de 1929, com 63 anos.
Em 5 de Outubro de 1976 foi inaugurado na vila de Penacova um busto em sua memória, obra escultórica do Mestre Cabral Antunes. Outro acto de homenagem foi a instituição do dia 17 de Julho como Feriado Municipal de Penacova, por deliberação da Assembleia Municipal (28 de Maio de 1976). E, em 1997, no dia 5 de Outubro, foi inaugurada uma estátua em S. Pedro de Alva, sede da freguesia da sua naturalidade.

David Almeida


18 julho 2016

No rescaldo da razão de ser do Feriado Municipal

PENACOVA E ANTÓNIO JOSÉ D'ALMEIDA


A figura de António José de Almeida terá constituído o principal fio condutor do movimento republicano em Penacova. A força da sua influência começa a sentir-se enquanto jovem estudante em Coimbra e prolongar-se-á até à sua morte (e para além dela) sendo sempre acarinhado e admirado por um largo sector de republicanos que fizeram a apologia intransigente do seu percurso político. Figura tutelar das movimentações republicanas em Penacova, sem ele, estamos convictos, o republicanismo não teria alcançado, também neste concelho, a dimensão e a projecção que todos conhecemos.

1890: o seu pai, José António de Almeida, à época presidente da Câmara de Penacova, adere ao Partido Republicano. Com o filho preso na cadeia de Coimbra declarou em plena sessão camarária que “nunca tinha pensado que na idade de setenta anos e que tendo empregado na maior parte deles” as suas forças ”na sustentação e defesa da monarquia e liberdades pátrias”, se havia de fazer Republicano. E justifica: “Realizou-se este pacto desde que, no dia vinte e cinco de Junho último, vi que uma sentença injustificadamente rigorosa condenava em três meses de prisão o meu filho António José d’Almeida, arrancando-mo dos braços e aferrolhando-o na cadeia pública”.

João Gama Correia da Cunha, que fora professor de António José de Almeida na escola primária de S. Pedro de Alva, escreveu uma carta, datada de 24 de Julho de 1890, no momento em que o seu ex-pupilo se encontrava preso. Foi publicada no jornal de Coimbra ”A Oficina”. Aí afirmava: ''muito há a esperar da ilustração e boa vontade deste rapaz (...) Homens como ele não aparecem todos os dias. O tempo se encarregará de mostrar que isto não é lisonja, nem ilusões dum insensato.''

1907: Alípio Barbosa Coimbra (republicano convicto, médico e fundador da Cerâmica Estrela de Alva), na edição de 20 de Julho de 1907 do Jornal de Penacova, pergunta: ''Que melhor patrono poderíamos ter, que esse patrício ilustre, grande pelo coração e ainda maior pela energia da sua vontade e pelo fulgor da sua inteligência? Damos-lhe a ele, o grande tribuno republicano dr. António José d'Almeida a satisfação íntima de ver a sua terra natal caminhar na vanguarda das hostes republicanas''.

O dia 1 de Agosto de 1909 ficou marcado pelo grande comício em S. Pedro de Alva. Apesar do alheamento de alguns sectores políticos locais e até da afronta dos monárquicos mais radicais, a presença de António José de Almeida marcou as gentes desta região. Cerca de três mil pessoas terão estado naquela manifestação republicana onde usou da palavra, a par de outras proeminentes figuras republicanas.

A sua carreira política, designadamente o cargo de Ministro do Interior no Governo Provisório, foi largamente noticiada no Jornal de Penacova. “Orgulho do nosso concelho que só agora começa a fazer-lhe a devida justiça, apóstolo acérrimo e defensor máximo da Liberdade” – escreve aquele periódico a 29 de Outubro de 1910.

Durante o ano de 1912, o mesmo jornal irá dar grande ênfase à criação do Partido Evolucionista, em ruptura clara com o partido de Afonso Costa. A iniciar o ano de 1914, António José de Almeida que habitualmente escreve para o Jornal de Penacova, questiona a governação do Partido Democrático (Afonsista): ''Esta República como no actual momento se encontra é má? Sem dúvida. Podemos mesmo, leitor, sem forçar a expressão do vocábulo, chamar-lhe péssima.” Deixa também o apelo: ”Não te fiques nirvanicamente nas queixas e nos lamentos. Trabalha, mexe-te, congrega-te, conjura-te e anda para a frente''.


A exaltação da figura de António José António de Almeida continuará a ser uma constante nas páginas do Jornal de Penacova. Sobre o comício que teve lugar no Teatro Avenida em 1914, na edição de 4 de Julho de 1914, afirma-se que a "jornada de Domingo" constituiu "um verdadeiro dia de triunfo para o Partido Republicano Evolucionista".

O sentido patriótico e a assumpção das responsabilidades governativas de António José de Almeida nunca passaram ao lado dos republicanos penacovenses. O facto de este ter assumido a Presidência do Ministério e a pasta das Colónias no governo da ''União Sagrada'', foi largamente noticiado no jornal Ecos de S. Pedro de Alva de 1 de Abril de 1916. Este periódico preenche a totalidade da sua primeira página com fotografia de Bernardino Machado, ladeado por António José de Almeida e Afonso Costa. A encimar, o título: ''Em defesa da Pátria – Unidos pelo Dever''.

Em 1919, António José de Almeida é eleito Presidente da República. Tal facto foi motivo de orgulho ainda maior para Penacova: “Foi eleito Presidente da República o sr. dr. António José d’Almeida, nosso ilustre conterrâneo! Ele é a alma da Pátria! Ele é a Vida da República! Ele é a honra de um povo! Viva o sr. dr. António José d’Almeida!- regista em grandes parangonas de capa o Jornal de Penacova. Eleito pelo Congresso em 6 de Agosto, exercerá o cargo até ao dia 5 de Outubro de 1923. Foi o único Presidente que, na I República, levou até ao fim o seu mandato.

Morreu a 31 de Outubro de 1929. O quinzenário A Voz de S. Pedro de Alva prenche integralmente a capa da edição de 16 de Novembro com a notícia: ''A Pátria e a República em Crepes: morreu o Dr. António José de Almeida”.

O mesmo jornal não se cansará de enaltecer este seu ilustre conterrâneo, recordando que este grande "apóstolo da Democracia tinha um altar em todos os corações portugueses''. A morte de António José de Almeida também é notícia na edição de 2 de Novembro do Jornal de Penacova. Eduardo Silva, que era, à data, o redactor deste periódico, escreverá: “O dr. António José de Almeida era nosso conterrâneo. Nasceu além, na freguesia de S. Pedro de Alva, num lugarzito, lindo e pitoresco, que se chama Vale da Vinha. Lá está o seu solar que nos desperta lembranças da sua mocidade indómita de combatente pelo ideal republicano, desde os seus mais verdes anos.[…] Foi um grande português, homem de uma honestidade intransigente, a sua vida não teve mancha a diminuir o seu valor e o seu prestígio, o seu carácter de fino e puro quilate esteve sempre de pé”.

Com o 25 de Abril, depois ter sido, durante muitos anos, directa ou indirectamente silenciada, a figura de António José de Almeida é novamente exaltada. A devida homenagem ocorreu em Penacova no dia 5 de Outubro de 1974 e passados exctamente dois anos, foi descerrado um busto (da autoria de Cabral Antunes) junto à Pérgola Raul Lino. No mesmo dia, mas em 1997, foi inaugurada uma estátua de António José de Almeida na sede da freguesia da sua naturalidade, S. Pedro de Alva.

Em 28 de Maio de 1976 a Assembleia Municipal de Penacova votou, por unanimidade, a instituição a 17 de Julho do Feriado Municipal, de forma a evocar a vida e a obra deste ilustre penacovense, que a ser vivo, teria completado ontem 150 anos.

17 julho 2015

Em dia de Feriado Municipal a incontornável referência a António José de Almeida

Penacova celebra hoje o seu Feriado Municipal, evocando o nascimento de António José de Almeida que nasceu, faz hoje 149 anos, neste concelho.
Sobre esta personalidade, muito se escreveu já quer a nível nacional quer localmente. 
Aqui fica um vídeo que é um extracto da série documental  “Os Presidentes”, produzido para a RTP em 2011, tendo como autores Alexandrina Pereira e Rui Pinto de Almeida.

CLIQUE NA IMAGEM PARA VISUALIZAR VÍDEO

António José de Almeida (1866-1929) foi o sexto Presidente da República Portuguesa (1919 a 1923). É o único eleito da Primeira República que cumpre os quatro anos previstos na Constituição, sobrevivendo a várias crises sociais e económicas.
Forma-se em medicina e especializa-se em doenças tropicais, durante uma estadia em S. Tomé e Príncipe.
É um republicano empenhado e, desde o tempo de estudante, é também conhecido pela sua retórica realizando discursos que atraem multidões.
Ainda durante a monarquia é preso devido à sua acção revolucionária.
Após a implementação da República é nomeado Ministro do Interior e mais tarde, durante o Governo da "União Sagrada" assume a chefia do Governo acumulando a Pasta das Colónias. 
De 1919 a 1923 foi Presidente da República, como já se referiu.  

08 julho 2013

"Cultura Viva" é mote para as Comemorações do Feriado Municipal


17 de Julho

10 h – Hastear da Bandeira ao som do Hino Nacional

Homenagem a António José de Almeida ( no 147º aniversário do seu nascimento)

10.30 – Inauguração do Parque de Estacionamento Municipal

11 h - Cerimónia Evocativa do Feriado Municipal no Centro Cultural

16h - Apresentação do livro  DOÇARIA CONVENTUAL DE LORVÃO” da autoria de Nelson Correia Borges , nos Claustros do Mosteiro de Lorvão

21 h - Ballet “A Floresta Encantada” na Centro Cultural

Nos dias 18 e 19 de Julho

CONVERSAS COM…

15 h  -  Varela Pècurto  ( Fotografias  sobre Penacova)

17.30 - Maria Alegria Marques ( 500 anos do Foral Manuelino)

No dia 20

11 h -  Exposição de Pintura de Luís Artur Pereira

12.15 - Conferência “O Tempo é como um Rio e nós somos o Mondego” por José Marques

 

17 julho 2012

Penacova celebrou hoje Feriado Municipal

Homenagem a António José de Almeida

Exposição "Gente da Terra"
Homenagem a funcionários do município

Veja  notícia no site da Câmara
clicando AQUI

Excertos  da nota de imprensa do município:

"A sessão de comemoração do feriado municipal de Penacova ficou marcada pela homenagem aos funcionários da autarquia que, até ao final de 2012, completam 25 ou mais anos ao serviço deste Município, bem como aqueles que se aposentaram durante o presente mandato . Mas ficou marcado também pelo discurso contundente do Presidente do Município de Penacova, Humberto Oliveira:

"Ter uma ação política ao serviço do povo não pode ser, por exemplo, decidir pela extinção de freguesias sem cuidar de saber o que sobre isso tem a dizer as populações.

"Ter uma acção politica ao serviço do povo não pode ser fechar tribunais, serviços de finanças e da segurança social. Não pode ser com o ataque nos últimos anos tem sido efetuado aos municípios portugueses, à sua autonomia e gestão. "

"Neste momento temos outra nuvem negra a pairar sobre nós. A famigerada “lei dos compromissos”. [...] A Lei dos Compromissos   não deixa os eleitos locais assumirem as suas prioridades e opções."

"Nunca fui homem de baixar os braços! Não será com certeza hoje que o farei. Iremos continuar a trabalhar como se o futuro dependesse só de nós. De cada um de nós. Aqueles que ao longo de muitos anos colaboraram com o município de Penacova e aqueles que já o fazem pelo menos há 25 anos ou mais e que o continuarão a fazer. Eu sei que pode falhar o FEF, o QREN, o FSM, mas vocês estarão cá em todos os momentos como os rostos da nossa casa dando de vós o vosso saber, o vosso conhecimento e o vosso suor. E nós sabemos que podemos contar convosco."

16 julho 2012

Penacova: feriado municipal assinala data de nascimento de António José de Almeida

"Os preparativos para o feriado municipal em Penacova, que tem lugar amanhã, 17 de Julho, estão a correr em bom ritmo"- refere a nota de imprensa da Câmara Municipal que recebemos. Adianta a mesma que "o Presidente da Câmara, Humberto Oliveira, esteve a inteirar-se pessoalmente, esta manhã, do andamento dos trabalhos de regeneração urbana na praça do município."
Foto: Câmara Municipal
As comemorações têm início amanhã às 10:00h, com o hastear da bandeira e entoação do hino nacional, que será tocado pelas filarmónicas do concelho.
Julho de 2011: pela última vez a deposição
de flores teve lugar junto à
Pérgola. Com as obras de requalificação
do Largo Alberto Leitão o busto de
António José de Almeida ficará defronte
da Câmara Municipal.
Às 10:30h será deposta uma coroa de flores no busto de António José de Almeida, o 6º Presidente da República Portuguesa (1919-1923) que nasceu em Vale da Vinha, freguesia de S. Pedro de Alva no dia 17 de Julho de 1866.
Pelas 11:00h, tem início a cerimónia solene de evocação do feriado municipal, nos Paços do Concelho.
Pelas 12:30h, será inaugurada no Centro Cultural a exposição de fotografia de Álvaro Coimbra, intitulada "Gente da Terra".
No âmbito das Comemorações do Feriado Municipal de Penacova, o Município irá homenagear todos os funcionários que, até ao final de 2012 completem 25 ou mais anos ao serviço deste Município, bem como aqueles que se aposentaram durante o presente mandato (2009-2013).
Funcionários Homenageados: 
Maria Altina dos Santos Ferreira Gomes, Daniel Henriques Batista, Ângelo Reis dos Santos, António Manuel da Conceição Prior, Joaquim Pereira dos Santos, Salvador da Silva Borges, Maria Dulce Fonseca Amaral, António Francisco Marques Santana, Joaquim Américo Flórido Martins Coimbra, Acácio José Batista Alpoim, António da Conceição Antunes Nogueira, Alípio Manuel da Silva Alves, Carlos Alberto Santos Martins, Luís Francisco Martins Flórido, Fernando Seco Martins, Isabel Maria Oliveira Duarte, Ana Helena Fonseca Amaral Almeida, Paula Maria Simões Fernandes, António Almeida Soares, Edgar Alves Marques, Rosa Maria Rodrigues Brito Martins, José Manuel Batista Pereira, Vasco Madeira Marques, Albertino Mendes dos Santos, Artur Ferreira Tavares, Maria da Graça das Neves Lopes, José Luís Flórido Sêco, Rosa Maria Martins Henriques, Arsénio Correia Tomé, Carlos Marques da Costa Henriques.
 
Saiba + sobre António José de Almeida
AQUI  e tb AQUI

17 julho 2011

António José de Almeida: 145º aniversário do seu nascimento



De acordo com o Assento de Baptismo (S. Pedro de Alva - 1866) a que tivémos acesso, António José de Almeida, nasceu às nove horas da noite do dia dezassete de Julho. O baptizado teve lugar a três de Setembro. O Dr. António dos Santos Pereira Jardim, lente da Faculdade de Direito está registado com padrinho, mas a representá-lo por procuração esteve presente David da Silva e Cunha. A madrinha foi Maria Cândida da Silva e Cunha. O acto não está assinado pelo pároco, por mero esquecimento, presume-se. Atendendo a que todos os assentos têm a assinatura de Francisco Cordeiro da Fonseca, acredita-se que o celebrante terá sido também este padre.
No entanto a data de nascimento de António José de Almeida nem sempre coincide. A placa que se encontra na parede da casa onde nasceu António José de Almeida, ali colocada em 1974, diz que ali nascera, a 19 de Julho. A pequena torre metálica, inaugurada a  17 de Julho de 2010,  refere, correctamente,  o dia dezassete.
Mas esta confusão de datas não se verifica só aqui. Em muitas enciclopédias, em jornais, em muitos sítios da internet, encontramos o dia 17, o dia 18, o dia 19 e o dia 27 de Julho. No site da Presidência da República aparece referido o dia 27. Igual data está no site do Concurso da RTP "Os Grandes Portugueses". O dia 18 é referido na página electrónica das Comemorações do Centenário da República assim como no site da Fundação Mário Soares. Também na imprensa local, dirigida por familiares de António José de Almeida, aparece por vezes o dia 18. O Jornal de Penacova de 23 de Julho de 1932 aponta o dia 19.
Qual o porquê destas confusões? Como surgiu o dia 27? Quem sabe, alguma vez ocorreu um lapso no algarismo das dezenas, passando do 1 para o 2 e, a partir daí, a data pegou… O dia 19 poderá ter origem no artigo publicado no  Jornal de Penacova… Seja como for, quanto a este dia, bem como ao dia 18, o facto de aparecerem em jornais dirigidos por pessoas próximas de António José de Almeida, suscita alguma estranheza. Sabemos que em tempos era normal as pessoas terem um registo oficial que não correspondia ao verdadeiro dia de nascimento. No entanto, sabendo que o pai de António José de Almeida, além de político local, fora também Juiz Ordinário, não nos parece que tenha havido confusão de datas na sua mente nem qualquer outro intuito em declarar uma data não conforme.
Seria natural perguntar se o dia do feriado está correcto. Fazendo fé do registo de baptismo não há dúvidas: António José de Almeida nasceu, faz hoje 145 anos, em Vale da Vinha.
David Almeida