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07 outubro 2019

Outubro de 1919: Mês a mês com Portugal durante o mandato presidencial de António José de Almeida


Propomo-nos, mês a mês, de Outubro de 2019 a Outubro de 2023, publicar a cronologia dos principais acontecimentos políticos ocorridos em Portugal no período correspondente ao mandato presidencial de António José de Almeida (1919-1923).
OUTUBRO 1919
5 ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA toma posse do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA. prestando o seu compromisso de honra perante o Congresso. Fora eleito Presidente da República na sessão do Congresso de 6 de Agosto de 1919, ao fim do terceiro escrutínio.

A Federação Maximalista Portuguesa (FMP), lançou a sua publicação semanal, A BANDEIRA VERMELHA, um jornal que se tornou muito popular entre as classes trabalhadoras portuguesas chegando mesmo a atingir uma tiragem de 6.000 exemplares.

Criado o PARTIDO REPUBLICANO LIBERAL, tendo como base os partidos evolucionista e unionista, que se tinham dissolvido em fins de Setembro. Estando os líderes dos dois anteriores partidos no desempenho de cargos políticos de relevo (António José de Almeida, eleito para a Presidência da República e, Brito Camacho, nomeado Alto-Comissário da República em Moçambique, os Liberais escolheram António Granjo para seu líder. No entanto, este viria a ser assassinado em 19 de Outubro de 1921, pelo que teve uma existência efémera.

Reúne o CONGRESSO para eleger o Conselho Parlamentar. Nesta sessão esteve presente o Senador Júlio Ernesto de Lima Duque (ligado a Penacova).

António Granjo é eleito líder parlamentar dos liberais. Nesse dia, Júlio Martins, ex-evolucionista, anuncia a constituição do grupo parlamentar popular. Terá o apoio de alguns grupos de radicais democráticos.

13 Vários grupos sidonistas aderem ao Partido Liberal. O directório do PARTIDO NACIONAL REPUBLICANO aconselha a dissolução do mesmo, liderado por Egas Moniz. Idêntica posição toma a facção que se lhe opunha, dirigida por Feliciano Costa.

20 Os Integralistas anunciam no jornal ”A MONARQUIA” que se desligam da obediência a D. Manuel II.

GREVES por todo o país. Greve dos barbeiros em Lisboa. Da construção civil em Guimarães. Dos descarregadores de terra no Porto. Dos soldadores em Olhão. Dos operários conserveiros em Setúbal. Dos carniceiros em Faro

BOMBAS na Marinha Grande e contra um comboio no Porto.

26 “A Bandeira Vermelha” proclama fazer em toda a parte a APOLOGIA DA REVOLUÇÃO RUSSA.

29 O decreto n.º 6184 cria o CONSELHO DE PATRIMÓNIO ARTÍSTICO, órgão consultivo acerca da “distribuição, apropriação, destino, reconstituição e restauro dos bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico ou arqueológico”.

FONTES:
http://www.fmsoares.pt/aeb/crono/id?id=039810
http://www.arqnet.pt/portal/portugal/liberalismo/lib1919.html
http://maltez.info/respublica/Cepp/governos_portugueses/i_republica/sa_cardoso_1919.htm

01 janeiro 2014

Efemérides: Foral Manuelino, extinção do concelho de Farinha Podre e República


Poucas horas depois de o dia 31 de Dezembro de 2013 ter terminado, duas efemérides gostaríamos de destacar: 500 anos do Foral Manuelino (31/12/1513) e 160 anos da extinção do concelho de Farinha Podre (31/12/1853). Destes temas falámos já neste blogue e na imprensa regional.
Sobre o foral, pode espreitar a referência ao lançamento da edição fac-similada,  bem como um artigo sobre estas “joias patrimoniais”. Pode ficar também a saber que o exemplar concelhio do foral manuelino esteve em vias de se perder como se um maço de papéis se tratasse, e pode ainda visualizar algumas páginas do foral onde a data de 31 de Dezembro de 1513 é fácil de ler.
No que se refere ao concelho de Farinha Podre, pode ficar a saber qual o âmbito geográfico do mesmo (as freguesias e os lugares que o compunham, o número de fogos) e aperceber-se do “desastre” que constituiu essa decisão de extinguir um concelho que tinha todas as condições para se desenvolver.
Além destas duas referências, façamos uma terceira viagem no tempo. Recuemos 100 anos. Em 1913-1914, viviam-se tempos “atribulados” da República, onde as divisões no seio dos republicanos já se faziam sentir, em especial entre António José de Almeida e Afonso Costa, o mesmo é dizer, entre Evolucionistas e Democráticos.
No início de 1914 ( 3 de Janeiro) António José de Almeida escrevia no Jornal de Penacova um artigo intitulado “Ano Novo”. Aí perguntava, no seu estilo coloquial: “ Esta república, como no actual momento se encontra é má? Sem dúvida. Podemos mesmo, leitor amigo, sem forçar a expressão do vocábulo, chamar-lhe péssima.”
Assim, depois de tecer fortes críticas ao governo presidido por Afonso Costa apela a uma mudança urgente na condução do Governo e diz:
“Não te fiques nirvanicamente nas queixas e nos lamentos. Trabalha, mexe-te, congrega-te, conjura-te e anda para a frente” (…) Lembra-te que uma simples mudança ministerial, coisa que se faz sem abalos nem perturbações de espécie alguma, é o suficiente para que a paz, a ordem, a justiça serena, a equidade conciliadora, ponham em equilíbrio esta sociedade, que fazendo a evocação dos seus males, sobretudo deveria queixar-se de si.” Esta mudança ministerial que refere significava uma mudança de Governo e de Política.
“Anda e olha que a missão é facílima” – volta a reafirmar António José de Almeida, que conclui o artigo deste modo: “Nessa suposição [de mudança] te agoiro um novo ano que te faça, pelas suas vantagens, esquecer o 1913, com todos os seus desastres”.

30 setembro 2010

Penacova Actual recordou hoje o Cortejo de Oferendas para o Hospital realizado no início dos anos Cinquenta

Mais alguns contributos:
NOTÍCIAS DE PENACOVA DE 19 DE JANEIRO DE 1952,
noticiando o Cortejo de 30 de Setembro de 1951, domingo.(1)

O Penacova Actual  trouxe, hoje,  à memória dos penacovenses algumas imagens do Cortejo de Oferendas para angariação de fundos para o Hospital da Misericórdia, já lá vão cerca de sessenta anos.  Cortejo que envolveu todas as freguesias do nosso concelho duma forma entusiástica .
O Penacova Online, numa linha de complemento e de partilha desinteressada, não quer deixar de contribuir com mais alguns elementos, extraídos do jornal que se publicava na época: o Notícias de Penacova, que tinha como director Joaquim de Oliveira Marques.
Assim, o nº 923 de 19 de Janeiro de 1952, dedica uma página a este acontecimento, apresentando inclusivamente o relatório de contas da Comissão Central do Cortejo ,  que tinha como presidente o Dr. Augusto Leitão. Verificou-se um saldo líquido de 153 875$00. É enaltecido o esforço de todos e  dum modo especial  do benemérito Abel Rodrigues da Costa que no Brasil, por meio de uma subscrição,  conseguiu obter cerca de metade da receita total.
Pelo Notícias de Penacova, ficamos a saber que na tarde do dia trinta, no Largo D. Amélia, afluíram filarmónicas, orquestras, ranchos, dezenas de carros de bois, camionetas, ornamentadas com pormenores típicos e alegóricos. Depois de  organizado, o cortejo parte em direcção à vila, onde é visível o contentamento de todos. Este terá sido o segundo cortejo organizado para este fim.
(1) Em 1952 o dia 30 de Setembro foi a uma terça - feira.
Foto do NP

Em 2010, o estado de degradação em que se encontra o edifício... junto ao Hotel ... num local privilegiado de Penacova...